domingo, 31 de maio de 2009

Linguagens de Programação

Esta semana devemos falar sobre duas linguagens de programação à nossa escolha, eu decidi falar sobre Erlang e Euphoria:


Erlang


Erlang é uma linguagem de programação que foi criada no ano de 1987 pela Ericsson (seu nome é a abreviação de Ericsson Language), porém é de código aberto. É ótima para o gerenciamento de processos, mesmo sendo uma linguagem de uso geral, ou seja, serve para várias aplicações diferentes, e possui multi-paradigma, dentre os quais está o funcional.

Possui algumas características interessantes como a execução de programas através de um código interpretado através de sua máquina virtual e a presença de um compilador que transforma o traduz o programa para o código nativo, porém esta última opção não é compatível com todas da plataformas.


Euphoria


Euphoria (End User Programming with Hierarchical Objects for Robust Interpreted Applications) foi criada em 1993 por Robert Craig. Ela foi bastante influenciada por outras linguagens tais como Basic, C, e C++. É uma linguagem de alto-nível (assemelha-se a comunicação humana) e também possui um alto nível de abstração, é multi-paradigmada: apresenta orientação a objetos, programação estruturada e programação procedural e é de domínio público.

Euphoria é uma excelente linguagem para a construção de jogos, pois ela possui suporte à programação multitarefa, ou seja, ela é capaz de executar várias tarefas diferentes todas ao mesmo tempo.

Ela possui algumas características bem interessantes como a caso-sensibilidade, o que quer dizer que, diferentes de outras linguagens como Pascal por exemplo, Euphoria faz distinção entres os caracteres maiúsculos e minúsculos. E conta ainda com uma sintaxe clara e relativamente simples.


Jonas Santos Bezerra

sábado, 23 de maio de 2009

Desvendando a grade Curricular do Curso de Ciências da Computação

Durante esta semana, cada uma dos “blogueiros” da turma de C.C. 2009.1 deverá falar sobre três diferentes disciplinas da nossa grade curricular, descrevendo-as e, depois, analisando se e como elas estão ligadas aos desafios propostos pela SBC. As três que eu escolhi foram: Métodos e Técnicas de Pesquisa (1º Período), Banco de Dados (5º Período) e Desenvolvimento de Software (5º Período).

A disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa trata de ensinar a trabalhar cientificamente e a fazer pesquisas, é uma disciplina essencial em se tratando de um curso de Ciências e se relaciona praticamente com todos os desafios da Computação uma vez que não há como a ciência avançar sem pesquisa, sem a procura por novas respostas ou mesmo de novas perguntas.

Banco de Dados lida com o modo como as informações são armazenadas, organizadas, relacionadas e produzidas e essas informações podem ser desde as mais simples como os endereços eletrônicos dos seus amigos até os dados de contas bancárias e os projetos militares dos U.S.A., essa brincadeira serve para ilustrar o quão úteis e versáteis são os bancos de dados. Essa disciplina se relaciona com o primeiro desafio da SBC (“Gestão da Informação em grandes volumes de dados multimídia distribuídos”), pois aumenta cada vez mais o número de informações que circulam nos dias de hoje graças às TIC1 e deve-se, portanto, encontrar meios mais eficientes de gerenciamento que permitam o que os dados mais heterogêneos sejam armazenados, disponibilizados, protegidos e assim como também se espera que “se separe o joio do trigo”, ou melhor, dizendo, que se separe as informações úteis daquelas irrelevantes.

Desenvolvimento de Software, como o próprio nome já indica, essa disciplina trata do processo de criação de um software, de suas atualizações, seu ciclo de vida, as ferramentas necessárias à sua criação, etc. A disciplina se relaciona, a meu ver, com o quinto desafio da SBC (“Desenvolvimento tecnológico de qualidade: sistemas disponíveis, corretos, seguros, escaláveis, persistentes e ubíquos”) e esse é um dos principais objetivos de um Bacharel em Ciências da Computação: produzir softwares de qualidade.

1. Tecnologias da Informação e Comunicação.


Jonas Santos Bezerra

domingo, 10 de maio de 2009

Novidades em Hardware - Blu-Ray

As tecnologias ficam cada vez melhores e mais sofisticadas com o passar do tempo, a todo instante vemos novos tipos de programas de computador, novos aparelhos eletrônicos, etc., e nós, os alunos de Ciências da Computação turma 2009.1 da UFS, ficamos incumbidos pelo professor Uriel Marx, da disciplina Fundamentos da Computação, de listar algumas dessas novidades e, neste post, eu falarei sobre o blu-ray.

O blu-ray é considerado o sucessor do DVD, pois ele é um disco óptico capaz de armazenar mais informação que este (cerca de 25 GB contra 4.7 GB do DVD) e com maior qualidade.

“- Ok. Aumentou a capacidade de armazenamento, e daí?”

Daí que não foi só o que aconteceu, para se chegar a esse resultado foi preciso uma grande mudança nas tecnologias utilizadas até então. Alguém aí lembra de óptica? É aquele assunto do Ensino Médio que se pensava não servir para nada além de te ajudar (ou te ferrar) no vestibular, pois bem, ele é um dos pontos importantes do nosso assunto.

Para começar, as lentes de CD e DVD que utilizamos hoje são gravadas e lidas com lasers (feixes de luz que possuem apenas um comprimento de onda e que percorrem grandes distâncias sem se dissipar) o mesmo ocorre com o blu-ray, a não ser pelo fato de que CDs e DVDs são gravados com lasers de luz vermelha e o blu-ray com lasers de luz azul-violeta (daí o nome blu-ray, blue: azul e ray: raio). A explicação para isso se encontra no fato de que a luz azul possui um comprimento de onda menor que o vermelho e pode então gravar em uma área de mídia menor.

Já a qualidade da gravação depende da difração da luz na lente utilizada, quanto menor a difração melhor a gravação e por ter um comprimento de onda inferior ao da vermelha a luz azul sofre um difração menor, a prova disso está em que apesar de ter mais de 20GB de vantagem em relação ao DVD, o disco blu-ray armazena a mesma quantidade de horas de um filme que ele, porém são quatro horas de altíssima resolução de imagens e qualidade de som.

O blu-ray ainda vem com uma vantagem a mais sobre os outros discos ópticos, ele possui um substrato (desenvolvido pela TDK) que protege contra os arranhões tão comuns.

Antes havia um concorrente para o blu-ray da Sony que era o HD DVD da Semp Toshiba, essas duas gigantes vinham brigando para ver qual padrão seria o sucessor do DVD, briga essa da qual a Sony saiu vitoriosa por vários motivos, entre eles o playstation 3 (também da Sony) campeão de vendas e que possui leitor de blu-ray, e o apoio da maioria dos grandes estúdios de cinema, como a Warner Bros, a Walt Disney Company e a MGM.


Para outras novidades, veja os blogs dos outros alunos, listados no blog da disciplina.


Jonas Santos Bezerra


Referências:

Wikipédia: Blu-ray
Além de diversas apresentações do Programa Olhar Digital da RedeTv e algumas edições do Jornal Nacional da Rede Globo.

O menor transistor de diamante da atualidade

O transistor é uma invenção do final da década de 40, que revolucionou a eletrônica. Substituindo as válvulas ele permitiu vários avanços na era tecnológica, inclusive nos dias de hoje.

A invenção do transistor se deu por conta da tentativa de se melhorar as válvulas, um dos meios utilizados foi a busca de novos materiais para construí-las e essa busca levou a descoberta de que alguns compostos podem ser condutores ou isolantes dependendo das condições em que se encontram e foram então classificados como semi-condutores, que foram essenciais para a invenção do transistor.

Os primeiros transistores eram feitos de germânio e possuíam três pólos, um negativo, um positivo e um que servia para fazer o controle do dispositivo. Quando não havia tensão elétrica no filamento de controle a energia simplesmente não fluía entre os pólos e o inverso acontecia quando houvesse essa tensão (isso está relacionado a linguagem binária dos computadores). Depois, o germânio foi substituído pelo silício que é utilizado até os dias de hoje.

A principal aplicação dos transistores nos computadores é dentro dos processadores. Desde sua invenção até os dias atuais os transistores diminuíram muito de tamanho permitindo o surgimento do microchip, do qual a Intel foi a primeira fabricante.

E onde a invenção de um transistor de diamante entra nessa história?

Quanto maior a quantidade de transistores em um processador, maior a sua capacidade de processar os dados, o primeiro processador possuía 2000 deles, o Core 2 Duo possui 291.106, e eles ainda são feitos de silício.

Muitas empresas ligadas à área no mundo procuram meios de construir transistores cada vez menores pelas razões explicitadas acima e continuam procurando por novos materiais para substituir o silício (O diamante é apenas um dos materiais pesquisados, existem ainda o grafeno, os nanotubos de carbono e os semicondutores de alto dielétrico e estima-se que essas tecnologias cheguem ao mercado em alguns poucos anos).

Até alguns dias atrás o menor transistor de diamante do mundo media 100nm e era de fabricação japonesa, mas, recentemente, pesquisadores escoceses criaram um que mede apenas 50nm e possui uma porta bem menor (que eu não expliquei antes, mas é o elemento que faz o papel do terceiro pólo de um transistor e quanto menor essa porta melhor o funcionamento do mesmo) e essa invenção tem muito para dar certo graças, principalmente, ao avanço da nanotecnologia.


Jonas Santos Bezerra

Referências:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=menor-transistor-de-diamante-do-mundo-abre-caminho-para-novas-tecnologias&id=010110090506
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transístor

domingo, 3 de maio de 2009

Regulamentação das Profissões de TI

Até o presente momento, no Brasil, o exercício de profissões ligadas à tecnologia de informação é livre, ou seja, independe da posse de certificados e da filiação a conselhos de profissão, e isso se deve, em parte, ao fato de que quando esse tipo de tecnologia chegou ao país não havia pessoas capacitadas, nem cursos de formação nacionais, impelindo aqueles que desejavam trabalhar na área a fazer cursos no exterior ou a aprender sozinhos, desse modo, muitos profissionais de outras áreas (principalmente engenheiros) começaram a fazer parte dos profissionais de TI brasileiros.

Os primeiros computadores brasileiros (que eram importados) datam da década de 50, mas foi apenas nos 70 que foram criados os primeiros cursos de graduação em TI e foram realizadas as primeiras medidas governamentais para o desenvolvimento industrial da informática que, a partir de então, expandiu-se muito rapidamente.

Com essa expansão, surgiu a idéia de se regulamentar a profissão, delimitando o seu exercício àqueles que possuíssem diploma de curso superior, assim como ocorre em outras profissões como medicina, engenharia, advocacia, etc., e isso acabou gerando uma divisão na sociedade entre aqueles que são a favor e os que são contra.

Os setores que são a favor afirmam que a criação de um conselho de profissão protegeria a sociedade do mau profissional, através da restrição de sua prática às “pessoas capacitadas” (leia-se diplomadas) e filiadas ao respectivo conselho.

Grande parte da sociedade, no entanto, é contra a regulamentação da profissão, inclusive a própria SBC, defendendo o livre exercício e a regulamentação através do mercado. Esses setores afirmam que somente a posse de um diploma não garante a qualidade do produto e que um conselho não tem como identificar um mau profissional, além do mais a informática é uma área multidisciplinar e necessita de profissionais flexíveis.

Essa questão da regulamentação começou há algum tempo e vez por outra volta às pautas de discussão no Congresso Brasileiro, os dois principais projetos de lei da atualidade são o projeto de lei 7109-2006 do deputado federal Bonifácio Andrada (a favor) e o projeto de lei 1561-2003 proposto pela SBC e acolhido pelo deputado federal Ronaldo Vasconcellos (contra).


Opinião pessoal: Eu sou contra a regulamentação da profissão, concordo que o diploma é um diferencial, mas que não garante a competência do profissional. Em vários outros países (E.U.A., Alemanha, Espanha, etc.) o exercício de profissões correlatas é livre e tem dado muito certo. No Brasil, o mercado deve sim regular a profissão, muitas pessoas da área afirmam que com essa liberdade os formados perdem espaço no mercado de trabalho porque tem de concorrer com “um grande técnico que fez um sisteminha em Clipper aqui e outro ali ou instalou meia dúzia de Windows e montou uns computadores cinza aqui e acolá” (fórum de discussão), eu acho essa afirmação nada mais nada menos que grotesca, não há como alguém que domine uma gama de conhecimentos específicos (como alguém que tenha uma boa graduação) concorrer com alguém assim. A regulamentação criaria uma reserva de mercado que protegeria os graduados, no entanto se a graduação foi de qualidade não se necessita de proteção. Como um último argumento cito ainda que o Brasil não está conseguindo formar profissionais em quantidade suficiente para suprir as demandas do mercado, e esse déficit é suprido em grande parte por pessoas sem formação em TI, mas extremamente capazes e competentes no que fazem.


O link do fórum de discussão acima traz muitas opiniões diferentes e interessantes sobre o assunto, é um ótimo local para se ter contato com as diversas opiniões sobre o tema.

Jonas Santos Bezerra