domingo, 29 de março de 2009

A Lógica

A lógica é uma “área” da filosofia que se ocupa de estudar o pensamento e então organizá-lo e guiá-lo através de algumas regras fortemente ligadas à matemática. Ela pode se relacionar com as mais diversas áreas do conhecimento humano, inclusive na nossa área: a de Ciências da Computação.

O primeiro homem a estudar a lógica foi o filósofo grego Aristóteles, que muito contribuiu para a ampliação dos conhecimentos humanos, pois além da própria lógica, Aristóteles estudava política, biologia, metafísica, ética, dentre muitas outras ciências.

A obra em que Aristóteles fala sobre a lógica chama-se Órganon, que na verdade trata de um conjunto de escritos sobre lógica feitos por ele, mas publicados apenas após a sua morte.

A lógica Aristotélica, como é chamada, possui duas leis fundamentais e que acabam por serem complementares uma à outra, a saber: A lei da não-contradição e a lei do terceiro excluído. A primeira lei diz: para qualquer que seja uma afirmação, ela só pode ser ou verdadeira ou falsa não podendo ser os dois ao mesmo tempo. A segunda lei é bem parecida com a primeira, mas ela completa dizendo que não pode existir um terceiro valor, ou seja, não pode haver um “meio termo”.

George Boole foi outro grande contribuinte para o desenvolvimento da Lógica. Através de seus estudos ele conseguiu transpor a lógica para a álgebra, criando o que chamamos de álgebra booleana. Esse tipo de álgebra muito contribuiu para o desenvolvimento da computação, pois possibilitou as operações com o sistema de numeração binário.

Outro grande contribuinte foi Gottlob Frege, considerado por muitos um dos maiores filósofos matemáticos de todos os tempos e um dos pais da lógica moderna. Frege sistematizou a lógica, reorganizou os aspectos da lógica já existente, implantou novos conceitos (como o de quantificadores) e acabou por criar um sistema que facilitava seus estudos e aplicações. O método por ele desenvolvido acabou com muitos dos erros que eram cometidos pelos matemáticos quando da demonstração de fórmulas, surgia assim a lógica de predicados.


Referências:

http://www.mat.ufmg.br/~elaine/IC/IC03.pdf

www.mundodosfilosofos.com.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/

http://www.consiste.dimap.ufrn.br/~david/ENSEIGNEMENT/SUPPORT/0805-logica-predicados.pdf

Motivo da escolha do curso

As áreas de ciências exatas e tecnológicas sempre me fascinaram, eu sabia que a carreira universitária que eu fosse trilhar seguiria esse caminho, mesmo não sabendo ao certo qual curso fazer.

Certa vez, uma professora do meu primeiro grau propôs a todos os alunos da minha turma que pesquisassem quais eram os cursos oferecidos pelas universidades brasileiras, quais as características de cada um deles, etc., durante a pesquisa eu me interessei bastante pelos cursos de Engenharia Mecatrônica, Biotecnologia, Ciências da Computação e Engenharia da Computação, mas foi somente no primeiro ano do ensino médio que eu me decidi por Ciências da Computação, pois analisando novamente eu percebi que era o curso ao qual eu tinha maior aptidão.

Sei que o curso não será fácil e que terei de enfrentar várias dificuldades talvez até mais do que eu possa imaginar, mas não me arrependo da minha decisão, o curso já demonstrou ser bem mais do que eu esperava e eu vou dar o melhor de mim para concluí-lo da maneira certa.

domingo, 22 de março de 2009

Sistemas de Numeração

A invenção da escrita, acontecida por volta de 4000 a.C, foi um grande marco na história da evolução humana, tanto que é usada como marco para dividir o tempo sobre o qual o homem está sobre a Terra em dois: a Pré-História e a História. Já os sistemas de numeração apareceram um pouco mais tarde, os mais antigos datam de 3500 a.C., mas nem por isso a sua invenção é menos importante que a da escrita.

Os primeiros sistemas de numeração dos quais temos notícia são o Babilônio e o Egípcio, e com o passar dos tempos muitos sistemas diferentes foram criados (e ainda podem ser criados muitos outros), mas todos têm algo em comum: estabelecem um conjunto de caracteres e/ou símbolos para representar os números.

Diferentes sistemas podem ter diferentes bases, isso quer dizer que o agrupamento padrão de cada sistema pode ser de quantidades diferentes, (atualmente nós usamos o sistema de numeração decimal, base-10, mas falaremos dele mais adiante), voltando aos exemplos anteriores, o sistema egípcio utilizava agrupamentos de base-10, já os babilônios usavam sistemas com duas bases diferentes: um de base-10 e outro de base-60.

Outro importante sistema de numeração da nossa história foi o romano, tanto que ele é empregado em algumas ocasiões até os dias de hoje; é praticamente impossível no Brasil encontrar alguém que, tendo frequentado a escola, não tenha tomado conhecimento dele.

Como muitos foram e são os sistemas utilizados pelo homem, eles recebem também diversas nomenclaturas, alguns de acordo com o seu local de origem: egípcio, babilônio, maia, indo-arábico; ou de acordo com a sua base: octal, decimal (o indo-arábico é um exemplo deste), duodecimal, hexadecimal, sistema de representação binária, etc.

O sistema indo-arábico que usamos atualmente teve sua origem no povo hindu, habitantes do vale do rio Indo, em 300 a.C. aproximadamente, foi aperfeiçoado por volta de 500 d.C. quando passou a representar o “0” ao invés de deixar apenas o local em branco como se fazia antes. Depois, esse sistema foi incorporado pelos árabes (por isso é chamado de indo-arábico) e com a expansão islâmica chegou a Europa de onde se espalhou para o resto do mundo.

A grande vantagem do sistema indo-arábico em relação a vasta maioria é que ele é um sistema posicional, usando os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 podemos escrever qualquer número, pois esses algarismos podem assumir diferentes valores dependendo da posição em que se encontram (valor relativo) o que não ocorre com outros. Por exemplo:

Para escrever o número “trinta e cinco” em algarismos romanos nós procederíamos da seguinte maneira: o número trinta é igual a três grupos de dez, que em algarismos romanos é representado por “X” e o cinco é representado por “V”, portanto trinta e cinco seria XXXV. Em egípcio escreveríamos ∩∩∩ | | | | | onde cada ∩ representa um conjunto de 10 e cada | representa uma quantidade unitária. Já em indo-arábico escrevemos 35, sendo que o 5 estando na casa das unidades representa cinco e o 3, por estar na segunda casa decimal, representa trinta. O sistema indo-arábico, além de facilitar a escrita, facilitou também as operações matemáticas.

Na área de computação, um outro sistema é muito utilizado: a representação binária. Essa representação utiliza apenas os algarismos 0 e 1 em grupos de oito dígitos como base para toda e qualquer representação, a particularidade desse sistema é que ele representa não só números mas também letras e diferentes símbolos. A representação binária é também conhecida como alfabeto ou linguagem do computador. Exemplo: Para escrever a frase “Sócrates é homem” faríamos 01010011 10100010 01100011 01110010 01100001 01110100 0110010101110011 00100000 10000010 00100000 01101000 01101101101101 01100101 01101101 (Esse exemplo foi retirado do livro Ensino médio e formação profissional, módulo exatas, da editora didática paulista, página 176). 

Jonas Santos Bezerra 

Referências:


Livros:

Escola Viva: Programa da pesquisa e apoio escolar, vários autores, editora MECA ltda.

Ensino médio e formação profissional, módulo exatas, vários autores, editora didática paulista.

História Geral, Cláudio Vicentino, editora scipione.

 

Sites:

http://www.matematicasociety.hpg.ig.com.br/sistema_de_numeracao.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_numeração

http://www.ime.usp.br/~leo/imatica/historia/numeracao.html

 

sábado, 21 de março de 2009

A Estrutura Institucional da UFS

As universidades federais brasileiras, inclusive a UFS, são instituições ligadas à União e que possuem uma organização semelhante a da República Federativa, ou seja, assim como os Estados possuem relativa autonomia em relação ao Governo Federal, os departamentos e outros órgãos internos possuem certa independência em relação à Reitoria, órgão maior da Universidade.

Na UFS, temos, além da Reitoria, os conselhos, as Pró-Reitorias, os Centros, a COGEPLAN, a GRH, a Prefeitura do Campus, alguns Órgãos Suplementares, e também as representações estudantis, cujo maior representante é o DCE.

A Reitoria funciona como o poder executivo Federal, portanto o Reitor e o Vice-Reitor seriam como o Presidente e o Vice-Presidente, inclusive esses são cargos eletivos, os funcionários, os professores e os alunos escolhem por eleição três professores doutores da UFS e dentre esses a União escolhe aquele que será o Reitor. Já os Conselhos funcionam como o Poder Legislativo e possuem a função de fiscalizar a Reitoria. Os dois conselhos existentes na UFS são o CONSU (Conselho Universitário) e o CONEP (Conselho do Ensino e da Pesquisa).

As Pró-Reitorias são órgãos que estão ligados diretamente à Reitoria mas com funções ainda mais específicas, pois dada à natureza de uma Universidade não se pode (nem se deve) esperar que a Reitoria trate de todos os problemas e trâmites da instituição.

As Pró-Reitorias da UFS são as seguintes:

PROGRAD – Pró-Reitoria de Graduação: como o próprio nome indica, trata de todos os assuntos relacionados diretamente com a graduação, ou seja, os assuntos acadêmicos. A PROGRAD possui ainda órgãos internos, como o DAA, Departamento de Administração Acadêmica; a CCV, Coordenação de Concurso Vestibular; e o DEAPE, Departamento de Apoio Didático-Pedagógico.

PROSGRAP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa: possui uma função próxima da PROGRAD, mas tratando das Especializações e das Pesquisas. Seus órgãos internos são a COPGD, Coordenação de Pós-Graduação; COPES, Coordenação de Pesquisa; CICAT, Coordenação de Assuntos Internacionais e Capacitação Docente e Técnica.

PROEX – Pró-Reitoria de Extensão: Fazendo minhas as palavras dos Professores Henrique Nou Schneider e Leila Maciel de Almeida e Silva (do DCOMP da UFS): “As Universidades têm de possuir três elementos básicos para que sejam realmente Universidades, que são: o Ensino, a Pesquisa e a Extensão”. A extensão é algo de grande de importância, permitindo a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos em sala de aula como forma de melhorar a sociedade, criando uma relação em que todos (universitários e sociedade) se beneficiam mutuamente. Órgãos internos: CECAC, Centro de Atividade de Extensão; CULTART, Centro de Cultura e Arte; MHS, Museu do Homem Sergipano; MAX, Museu Arqueológico de Xingó.

PROEST – Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis: Vinculada ao corpo discente, a PROEST tem por objetivo dar suporte ao estudante não através da aquisição dos “conhecimentos formais” obtidos em sala de aula, mas através de atividades complementares que desenvolvam a cidadania e a cultura dos estudantes. Órgãos internos: COPRE, Coordenação de Promoção Cultural e Recreativas; CODAE, Coordenação de Assistência ao Estudante; DIASE, Divisão de Assistência ao Servidor e ao Estudante; RESUN, Restaurante Universitário; NOAPS, Núcleo de Orientação e Assistência Psico-Social.

PROAD – Pró-Reitoria de Administração: É a Pró-Reitoria que cuida dos assuntos financeiros da UFS. Órgãos internos: DEFIN, Departamento Finaceiro; DRM, Departamento de Recursos Materiais; ARQUIVO, Arquivo Geral; SECOM, Serviço Geral de Comunicação e Arquivo; CIMPE, Centro de Impressão Eletrônica.

Cada Pró-Reitoria é chefiada pelo respectivo Pró-Reitor.

Para chegar aos Centros vamos fazer o “caminho contrário”, começar do nível mais baixo até chegar ao topo.

Cada curso oferecido pela Universidade é alocado dentro de um departamento específico, de acordo com as particularidades e semelhanças de cada um. Tomando como exemplo o Curso de Ciências da Computação que é um curso que faz parte do DCOMP (Departamento de Computação) juntamente com os cursos de Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. Por sua vez, departamentos da mesma área do conhecimento são agrupados em um centro.

São quatro os Centros existentes na UFS:

CCET: Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, do qual o DCOMP faz parte.

CCBS: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.

CECH: Centro de Educação e Ciências Humanas.

CCSA: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas.


A COGEPLAN (Coordenação Geral de Planejamento) é responsável pelo “planejamento geral e integrado das atividades da Instituição”, ou melhor, é a parte da instituição que planeja orçamentos, promove o controle dos custos e etc.

A GRH (Gerência de Recursos Humanos) trabalha com o controle e a organização dos funcionários, o que vai desde a contratação dos profissionais qualificados até o treino e o apoio ao desenvolvimento dos mesmos. Possui vários órgãos, entre os quais o DP (Departamento de Pessoal) e o DIASE (Divisão de Assistência ao Servidor).

A PREFCAMP (Prefeitura do Campus) cuida principalmente dos assuntos ligados à infra-estrutura do Campus e à sua manutenção.

Os órgãos suplementares são ampliações que visam à melhoria de alguns recursos disponibilizados pela Universidade, como a Bicen (Biblioteca Central), o H.U. (Hospital Universitário), e o CPD (Centro de Processamento de Dados).

Por fim, temos os órgãos de representação estudantil tais como o DCE (Diretório Central dos Estudantes) que serve a todos os alunos da UFS e os centros acadêmicos, como o CALICOMP (Centro Acadêmico Livre de Computação), que são mais específicos. Há ainda outras instituições das quais apenas os alunos fazem parte, como a Softeam, a empresa de informática júnior do DCOMP/UFS.

É a junção de todas essas estruturas menores que permite o funcionamento da Universidade como ele ocorre.


Jonas Santos Bezerra

Referências:
www.ufs.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal
www.ufrgs.br
www.ufes.br